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Pós-Covid: prefeitura realiza fisioterapia respiratória e neurológica em pacientes com sequelas


Município do Guarujá já atendeu cerca de 500 pacientes desde agosto do ano passado; programa é pioneiro na região da Baixada Santista. Foto: Diego Marchi/Imprensa Guarujá

Guarujá disponibiliza um programa de fisioterapia respiratória e cognitiva aos pacientes que ficaram com sequelas após contraírem a covid-19. Pioneiro na região da Baixada Santista, o município já assistiu cerca de 500 moradores desde agosto do ano passado, quando adicionou esses atendimentos à rotina do Centro de Recuperação e Fisioterapia de Guarujá (CERFG) (avenida Adhemar Barros, 210 – Santo Antônio).


O encaminhamento ao programa pós-covid é feito após o paciente ser avaliado pelo médico pneumologista da rede municipal de Saúde, no Ambulatório de Referência em Especialidades (ARE). Se o profissional identificar que aquele indivíduo ainda possui desconforto respiratório, ele é direcionado ao serviço de fisioterapia.


“Aqui eles são submetidos a programas de treinamento aeróbico, para recuperação da capacidade cardiorrespiratória e pulmonar, além de trabalhos voltados para retomada de força e de massa muscular, outros aspectos bastante impactados durante a internação”, explica Margareth Hinuy Rodrigues, fisioterapeuta especializada em terapia intensiva e responsável pelo programa.


Ainda de acordo com a profissional, os pacientes costumam levar cerca de dez sessões para estarem aptos a retornarem às atividades normais do dia a dia sem queixas ou possibilidade de queda na oxigenação sanguínea. No entanto, há pessoas que levam mais tempo, ainda mais as que tiveram agravadas comorbidades já existentes.


É o caso da aposentada Dulcinéia Exel, de 69 anos, que segue em acompanhamento com a pneumologista da rede municipal e mantém a realização das sessões de fisioterapia respiratória no ambulatório desde setembro do ano passado. Ela ainda não recebeu alta pois a covid-19 desencadeou uma doença pulmonar obstrutiva crônica na idosa.


“A indicação da médica é que eu continue realizando as atividades aqui no ambulatório para reforçar ainda mais minhas funções pulmonares e cardiorrespiratórias pois ainda tenho episódios de quedas bruscas na minha oxigenação”, relata.


Dores insuportáveis

A doméstica Maria Nivaldete dos Santos, de 64 anos, teve poucas sequelas respiratórias após contrair a covid-19 no mês passado e ficar internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rodoviária. O que a doença deixou como herança foram as dores por todo o corpo, que a impediam até mesmo de levantar da cama.


O diagnóstico da sequela veio após a consulta com o neurologista. A covid-19 desencadeou um processo inflamatório considerável na idosa, afetando as células nervosas. Para se livrar das dores e voltar a viver normalmente, ela iniciou as sessões de fisioterapia neurológica.


“Eu não conseguia andar, sentar ou deitar sem ajuda. Hoje ainda sinto algumas dores nas pernas, mas já é possível fazer as coisas sozinha. Estou quase vencendo essa batalha completamente”, conta ela.


A idosa e os demais pacientes são acompanhados por uma equipe multiprofissional, que promovem atividades de fortalecimento muscular, recuperação da atividade sensorial e reativação da memória.

As sessões são realizadas as terças e quintas-feiras, durante todo o período da manhã – entre 8 e 12 horas – e duram uma hora cada.


As atividades contam com um número máximo de oito pessoas por horário e seguindo todas as recomendações para evitar a disseminação da covid-19, como o uso obrigatório de máscaras, distanciamento entre os pacientes e higienização constante dos materiais utilizados.


Por: Sistema Costa Norte - Redação

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