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Menopausa: O que acontece com o corpo da mulher quando entra na menopausa


Conversar com outras mulheres é importante na transição da menopausa. Getty Images.

A menopausa acontece quando a menstruação de uma mulher para e ela não pode mais ficar grávida naturalmente - mas o que mais acontece com seu corpo, e por quê?


Trata-se de um processo natural do envelhecimento, que normalmente ocorre na faixa dos 45 aos 55 anos, mas que também pode ser provocado por cirurgias para remover os ovários ou o útero (histerectomia).


No Reino Unido, a idade média da menopausa é 51 anos; no Brasil, um dos estudos mais completos sobre o assunto, publicado em 2010 pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), calculou uma idade média de 48,1 anos.


E então, o que está por trás destas mudanças?


A menopausa é causada pela redução na produção de hormônios, especificamente o estrogênio.


Ele é crucial para todo o ciclo reprodutivo - o desenvolvimento e a liberação de um óvulo dos ovários a cada mês, e pelo processo de tornar mais espesso o revestimento do útero para recepção do óvulo fertilizado.


Com o passar dos anos, o corpo gradualmente para de produzir o estrogênio. Mas isso não ocorre da noite para o dia: pode levar anos para que esse hormônio chegue a níveis baixos.

Neste processo, o armazenamento de óvulos declina, afetando pouco a pouco a ocorrência da ovulação, menstruação e gravidez.


Qual é o impacto destas alterações hormonais?


Enorme.

O cérebro, pele, músculos e emoções são afetados pela queda dos níveis de estrogênio; ondas de calor, suores noturnos, problemas de sono, ansiedade, mau humor e perda de interesse por sexo são comuns.


Problemas na bexiga e secura vaginal também são normais durante esse período.


E muitas mulheres sentem estes sintomas muito antes da menstruação realmente parar - período chamado de perimenopausa.


Quando a produção de estrogênio para por completo, há um efeito de longo prazo nos ossos e no coração. Os ossos podem enfraquecer, aumentando o risco de fraturas, e as mulheres podem se tornar mais vulneráveis ​​a doenças cardíacas e a derrames.


É por isso que algumas mulheres recebem a chamada terapia de reposição hormonal, ou TRH, que eleva os níveis de estrogênio e ajuda a aliviar os sintomas.


Mas nem todas as mulheres passam por estes sintomas. Eles também podem variar em sua gravidade e duração - de alguns meses a vários anos.


O que causa as ondas de calor?


A falta de estrogênio. Ele está envolvido também no controle da temperatura do corpo no cérebro.


Quando este hormônio está em falta, o "termostato" fica instável e o cérebro pensa que o corpo está superaquecendo - quando não está.


O estrogênio afeta o humor também?


Sim, pode acontecer.

O hormônio interage com substâncias químicas em receptores cerebrais que controlam o humor. Em níveis baixos, pode causar ansiedade e mau humor.


A falta de estrogênio também pode afetar a pele, fazendo com que ela fique seca ou dando a sensação como se insetos estivessem rastejando sob a pele.



O estrogênio também afeta o controle da temperatura do corpo no cérebro. Getty Images.

Há outros hormônios envolvidos na menopausa?


Sim, a progesterona e a testosterona - mas eles não têm o mesmo impacto que os baixos níveis de estrogênio.


A progesterona ajuda a preparar o corpo para a gravidez a cada mês, e diminui quando a menstruação para.


A testosterona, que as mulheres produzem em níveis baixos, tem sido associada ao desejo sexual e aos níveis de energia. Ela declina a partir dos 30 anos, e apenas um pequeno número de mulheres precisa dela em níveis altos.


Como saber se você está passando por esse processo?


É possível fazer um exame de sangue para medir os níveis de um hormônio chamado FSH (hormônio folículo-estimulante) - mas os resultados podem não ser muito precisos, especialmente na idade por volta de 45 anos.


Especialistas dizem que os níveis do hormônio sobem e descem o tempo todo, mesmo ao longo de um dia, então há sempre um risco de o teste ser impreciso.


A melhor maneira de fazer esse diagnóstico é conversar com um clínico geral ou um profissional de enfermagem sobre o padrão de sua menstruação e quaisquer sintomas que você esteja experimentando.


É bom saber quais sintomas observar - sentir-se irritadiça ou com o "astral" baixo pesa tanto quanto os calores e suores noturnos.


Alterações na menstruação, como quando ela torna-se mais intensa ou irregular, são um dos primeiros sinais da menopausa se aproximando.


Mas você só terá certeza de ter chegado à menopausa quando tiver ficado um ano sem menstruar.


E então?


Os níveis de estrogênio no corpo não se recuperam após a menopausa.

Com o aumento da expectativa de vida, as mulheres estão vivendo mais de um terço de suas vidas com deficiência de estrogênio.


Mas não há motivo para ficar intimidada, diz a ginecologista Heather Currie, especialista em menopausa e ex-presidente da Sociedade Britânica da Menopausa.


"As mulheres continuam a trabalhar mais tarde na vida, elas ainda aparentam incríveis. A imagem da menopausa está mudando".


Seu conselho: "Se você for afetada, visite um médico e leve informações".

"As mulheres devem saber quais sintomas devem ser observados".


Ela diz que há muito apoio e informação para ajudar as mulheres a lidar com as mudanças físicas e emocionais que a menopausa traz.


Hoje, a terapia de reposição hormonal é vista como o tratamento mais eficaz disponível para os sintomas da menopausa.


Ela pode causar efeitos colaterais, e houve incertezas sobre a sua segurança a longo prazo.

Mas há evidências de que "os benefícios da TRH superam os riscos", diz Currie.


Conversar com outras mulheres passando pela menopausa e compartilhar relatos dos mesmos sintomas também é uma ajuda real, acrescenta.


E a menopausa é outra boa razão para as mulheres levarem um estilo de vida saudável, como:

  • Ter uma dieta equilibrada, pobre em gordura e rica em cálcio para fortalecer os ossos e proteger o coração;

  • Praticar exercícios regularmente, reduzindo a ansiedade e o estresse;

  • Parar de fumar, prevenindo doenças cardíacas e ondas de calor;

  • Não beber muito, reduzindo também as ondas de calor.


Por: Philippa Roxby

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