google.com, pub-7842777315767865, DIRECT, f08c47fec0942fa0
top of page

Alzheimer: Inspirada pelo avô, designer cria roupas adaptadas para pessoas com Alzheimer


Carolina e o avô durante foto de formatura; Roupa Alzheimer; Uberlândia — Foto: Carolina Mendonça Duarte/ Arquivo Pessoal

Como forma de homenagear o avô, a designer Carolina Mendonça Duarte, de 22 anos, criou um projeto de roupas adaptadas para pessoas com dificuldade de mobilidade.


O projeto foi a Tese de Conclusão de Curso (TCC) de Carolina, pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) na qual ela foi aprovada.

“Eu sempre tive muito contato com o meu avô, então eu tentei juntar uma coisa com a outra, além de também usar pra ajudar as outras pessoas e não ser um projeto vago”, explicou a jovem.

Projeto


Funcionamento do modelo da camiseta feminina — Foto: Carolina Mendonça Duarte/ Arquivo Pessoal

As roupas desenvolvidas pela designer têm como foco principal auxiliar a mobilidade na hora de se vestir. “São roupas adaptadas, que auxiliam a pessoa ou o cuidador na hora de colocarem, levando em conta a hora da mobilidade”.

O desenvolvimento dos modelos começou a partir do sintoma do avô de Carolina, que perdeu metade dos movimentos após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), junto ao Alzheimer.

“Eu peguei como exemplo os sintomas do meu avô e também fiz visitas em asilos para confirmar qual era a demanda. As enfermeiras me falaram sobre esse problema (da mobilidade), falou que faltava adaptação”, explicou.

Conforme um trecho do TCC, “o projeto visa compreender as necessidades daqueles que portam a doença de Alzheimer, assim como todas as dificuldades e experiências compartilhadas por seus cuidadores e familiares. A partir deste estudo inicial, pretende-se apresentar, por meio do Design, possíveis soluções que apoiam todos que precisam de auxílio”.


Inspiração


Segundo a jovem, a vontade de desenvolver algo voltado ao avô foi uma forma de apoiar quem sempre a apoiou. “Ele sempre me deu muito apoio em relação à faculdade e sempre foi muito criativo. Ele me apoiou muito quando eu fui fazer Design”.

A escolha de um curso mais criativo também vai de encontro ao trabalho do avô. “Como ele era torneiro mecânico, ele fazia peças na oficina e eu ficava observando”, lembrou Carolina.

Por conta dos problemas do avô, a designer teve como foco ajuda-lo. “Quando ele adoeceu foi um baque gigante para a família, a doença mexeu com todo mundo, pois é degenerativa, então foquei muito na questão dele”.


Roupas


Funcionamento da calça masculina; Uberlândia; Roupa Alzheimer — Foto: Carolina Mendonça Duarte/ Divulgação

Os modelos desenvolvidos foram uma calça e uma camiseta masculina, além de uma camiseta no modelo feminino. As formas de conforto e adaptação encontrados pela pesquisadora foi por meio de botões, velcros e elásticos.


A calça masculina, por exemplo, tem o fechamento de velcro, que oferece facilidade ao vestir e maior conforto para o usuário. A camiseta masculina também conta com o fechamento de velcro. Já a camiseta feminina, é fechada com botões.


Os modelos desenvolvidos foram a partir de moldes profissionais, porém, que tiveram adaptação para o uso da pessoa com Alzheimer. “A calça com velcro na lateral era um projeto que já existia, mas para cadeirantes, então eu adaptei. Os outros moldes são profissionais, porém, eu fiz alterações na forma de fechar a roupa”.


Futuro


Formada em 2018 e trabalhando na área de design de interiores, Carolina teve de paralisar o projeto. “Depois que eu formei, eu paralisei o projeto. Eu fazia algo apenas quando tinha exposição do curso. Infelizmente eu o parei, pois comecei a trabalhar em outra área”.


Mesmo assim, ela ainda sente vontade de seguir com a ideia algum dia ”Tenho interesse de continuar o projeto, pois tem muitas ramificações que podem evoluir”.

Por: Lucas Figueira, G1 Triângulo e Alto Paranaíba

0 comentário

Kommentare


LogoNovoTransparente.png
bottom of page