google.com, pub-7842777315767865, DIRECT, f08c47fec0942fa0
top of page

Alzheimer: Descobertos novos vilões da mente


O geriatra Roni Mukamal destacou o trauma craniano e citou os boxeadores. “Eles apresentam traumas contínuos e acabam tendo lesões cerebrais, que, acumuladas, podem propiciar a demência” (Foto: Ademir Ribeiro - 27/05/2015)

Consumo excessivo de álcool, trauma craniano e poluição do ar são fatores de risco para demência, de acordo com pesquisadores.


Pesquisadores em saúde mental publicaram relatório com novos fatores de risco para a demência neurodegenerativa, quadro clínico que atinge 1,4 milhão de pessoas no País.


A demência apresenta sintomas que estão ligados à memória e à lucidez, envolvendo doenças como Alzheimer e Parkinson.


Publicado na revista científica The Lancet, o relatório trouxe três novos vilões para uma mente saudável: o consumo excessivo de álcool, o trauma craniano e a poluição do ar.


Esses três se juntam aos outros já publicados pelos cientistas: obesidade, fumo, depressão, baixo nível educacional, perda auditiva, hipertensão, baixo contato social, inatividade física e diabetes.


O estudo foi redigido por 28 especialistas da Comissão Lancet para Prevenção, Intervenção e Assistência à Demência. Segundo eles, ao evitar esses 12 fatores de risco, é possível reduzir ou prevenir 40% dos casos de demência.


Dentre os novos fatores, o mais reconhecido pelos especialistas é o trauma craniano. Segundo o geriatra Roni Chaim Mukamal, esse tipo de lesão resulta em menos “reserva cognitiva”, aumentando o risco de demência com o tempo.


“Os boxeadores e lutadores, por exemplo, apresentam traumas contínuos e acabam tendo lesões cerebrais, que, acumuladas, podem propiciar a demência”, explicou.


No caso do consumo de álcool, um dos problemas é a atrofia cerebral, segundo o neurocirurgião Alexandre Teixeira.


“O álcool é tóxico, e o excesso dele acelera o processo de atrofia, evoluindo para o quadro de demência”, disse. É tanto que existe uma demência diretamente ligada a esse fator: a demência alcoólica.


Apesar dos sintomas, em 1,4 milhão de brasileiros, mais da metade dos casos de demência não são notificados, de acordo com o neurologista Ivan Okamoto. “Ainda há a crença de que todo idoso vai ficar demente, mas temos de diferenciar o envelhecimento normal daquele que ocorre com demência”.


No relatório, os cientistas ressaltaram que “muitos fatores de risco se agrupam em torno das desigualdades, que ocorrem, principalmente, em grupos étnicos negros e minoritários”.


Poluição do ar é a principal novidade entre fatores de risco


A poluição do ar foi a grande novidade entre os novos fatores de risco para a demência. Estudos recentes levantaram a suspeita de que a inalação de partículas finas podem acelerar o declínio cognitivo, além de problemas já comprovados, como asma e câncer de pulmão.


Um estudo feito nos EUA com pacientes, por 11 anos, concluiu que mulheres mais velhas que moravam em lugares com índices de poluição altos apresentaram o dobro de casos de demência.


“O ar poluído possui substâncias tóxicas que podem comprometer o pulmão e o cérebro”, afirmou o geriatra Roni Chaim Mukamal.


Fonte: Revista The Lancet e especialistas consultados.

Por: Rafael Gomes, A Tribuma

0 comentário

Comments


LogoNovoTransparente.png
bottom of page