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Alzheimer: Conheça a Validação, uma técnica de comunicação com pessoas em situação de demência


A validação é uma técnica de comunicação criada pela assistente social Naomi Feil na década de 60 do século XX.


A autora, de nacionalidade alemã, passou a juventude no meio de idosos institucionalizados porque os pais trabalhavam em lares residenciais e observou que com o passar dos anos alguns idosos ficavam com sinais e sintomas de desorientação.


E assim nasce a consciência da necessidade de uma forma de comunicação diferente das que eram realizadas pelos profissionais dos lares, de forma a melhorar a comunicação com pessoas que sofriam de desorientação e deterioração cognitiva, ajudando-as a recuperar a dignidade e o bem-estar.


Feil estabeleceu como passo prévio ao ato de validação 11 princípios que permitem entender a pessoa desorientada devido a alterações cognitivas.


O novo método se baseia na promoção de uma atitude empática, baseada em referências teóricas, como o humanismo, a psicanálise, as teorias do desenvolvimento, e técnicas de comunicação e observação.


Baseada na teoria do desenvolvimento de Erik Erikson, Naomi Feil refere que as pessoas idosas desorientadas estão a passar por um processo de revisão de tarefas que ficaram pendentes, e procuram durante esse processo ferramentas para morrer em paz.


Quando uma pessoa chega à velhice e faz um balanço da vida, ela pode aceitar o que viveu e estar preparada para a morte, (integridade segundo Erikson) ou não aceitar o que viveu devido a desafios não superados e tarefas que ficaram pendentes (desespero segundo Erikson).


É na aceitação incondicional desta realidade que Feil coloca a força da validação.


A validação não deve ser entendida como uma aprovação mas como a valorização das emoções, atitudes e comportamentos das pessoas desorientadas.


O método procura melhorar a comunicação e reduzir a medicação e as restrições a longo prazo. A empatia é a principal ferramenta para estabelecer relações igualitárias, próximas e sinceras.


Muitas vezes os profissionais de saúde e cuidadores informais focalizam no comportamento que os surpreende ou desagrada. Feil quebra essa premissa e afirma que por trás de cada comportamento de desorientação pode estar a expressão de uma necessidade.


Todos os seres humanos são únicos, e os cuidadores formais e informais devem ter a capacidade de estabelecer relações baseadas na sinceridade, valorizando o desconforto e ajudando a pessoa através do processo de validação.


O propósito da validação não é orientar a pessoa no tempo e no espaço, mas respeitar a realidade que está sendo vivida. Naomi Feil não utiliza os exercícios de orientação temporal e espacial dos programas de estimulação cognitiva. A realidade que está sendo vivida pela pessoa é respeitada independentemente do nível de consciência, e de ela se encontrar num tempo presente ou passado.     


Como se sentirá uma pessoa que está vivendo a realidade de ter 10 anos e sentir a falta da mãe, se os cuidadores e pessoas próximas não “validarem” essa situação e lhe disserem que a sua mãe está morta?


O que é que poderá sentir uma pessoa que pretende ir buscar os seus filhos na escola, e os cuidadores e pessoas próximas não a deixam sair de casa com a argumentação de que os seus filhos já têm mais de 50 anos?


Por: Revista Dignus

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