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Alzheimer: A família e a Doença de Alzheimer


No início algumas distrações passam despercebidas, afinal quem nunca esqueceu o nome de alguém, alguma data ou a panela no fogo? Com o tempo surgem outros comportamentos considerados estranhos como, por exemplo, não lembrar o caminho de casa, e outros detalhes sempre tão rotineiros e familiares.


Dentre os diversos tipos de demência, a Doença de Alzheimer é a mais frequente na população idosa brasileira. É uma afecção neurodegenerativa de evolução progressiva e irreversível. Além do declínio da memória, há alteração do julgamento, do raciocínio, da atenção, humor deprimido, perturbações do ciclo do sono, dentre outros sintomas.


Não é nada fácil para a família, ou para aqueles que convivem com o paciente com Alzheimer, aceitar o diagnóstico da doença. Olhar aquela pessoa de rosto tão familiar, mas com comportamentos estranhos e que, muitas vezes, sequer lembra quem é você ou que repete a mesma pergunta diversas vezes sobre algo que você respondeu há poucos minutos, causa muita angústia.


Instala-se uma mistura de sentimentos contraditórios que oscilam entre pena, raiva, culpa, impotência e a vivência do luto antecipado, pelo sentimento de perda ao ver a degradação daquela mente num físico tão conhecido, sendo comum familiares utilizarem a expressão “morte em vida”.


E não é só o paciente que se mostra diferente. Tudo muda. Há alteração da rotina e da dinâmica familiar, principalmente a sobrecarga do cuidador. E cada estágio da doença requer uma atenção e um investimento financeiro diferenciado, que não é pouco, de acordo com o perfil do paciente.


Há muito preconceito com relação a esta doença decorrente da falta de informação. É preciso socializar o paciente e não tratá-lo como louco. Por isso, apesar do seu caráter irreversível, a estimulação não deve ser descartada para que haja o máximo de autonomia possível ao doente, além da medicação e o trabalho com uma equipe multidisciplinar para a qualidade de vida do paciente e de todos que o cercam.


A intervenção psicológica com os familiares auxilia a elaborar as perdas, a lidar com as reestruturações, com a pressão emocional e a mudança de papeis tão comuns nesta doença. Ter que cuidar daquele pai, mãe ou cônjuge, outrora tão ativo e agora dependente, desperta nostalgia, sentimentos sobre a própria finitude e o medo de adoecer.


Se esta doença é marcada pelo esquecimento, quem não tem Alzheimer deve sempre lembrar que paciência e muito afeto são ingredientes imprescindíveis para dar àquela pessoa que durante toda a vida lhe deu tanto amor.


É uma oportunidade para reestreitar os vínculos afetivos que, muitas vezes foram afrouxados pela correria do dia a dia. Portanto, demonstre carinho e respeito porque é isto que todos nós desejamos receber também.


Por: Joselene Alvim - Psicóloga

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